Polícia apreende 8,8 mil vidros de palmito no Paraná
2005-03-16
Cerca de 8,8 mil vidros de palmito foram apreendidos, em três ações policiais realizadas no fim de semana, em Curitiba e cidades vizinhas. Essa foi a maior apreensão do produto já registrada na capital e na região metropolitana. Cinco pessoas foram presas. A polícia informou que os detidos fazem parte de uma quadrilha especializada na extração e venda ilegal de palmito. Os policiais também apreenderam cerca de 1.800 palmitos in natura.
A primeira operação ocorreu na última sexta-feira, quando foram detidos João Pereira Batista, Almir de Paula e Joelson Gonçalves de Oliveira. Eles estavam no quilômetro 56 da BR-116, em Campina Grande do Sul. A polícia informou que os três estavam extraindo palmito ilegalmente numa área de preservação ambiental. Eles foram levados à delegacia da cidade.
No sábado, a polícia descobriu cerca de 3.800 vidros de palmito numa casa no bairro Santa Felicidade, na capital. – As embalagens tinham rótulos falsificados e não possuíam notal fiscal, disse o delegado titular da Delegacia do Meio Ambiente, Voltaire Garcia. O dono da residência, que teria o primeiro nome de Mariano, está foragido.
No mesmo dia, uma fábrica clandestina de palmito, que funcionava numa casa, foi fechada pelos policiais, em Piraquara. Cerca de 1.800 palmitos in natura, 5 mil vidros do produto e máquinas usadas para embalagem foram encontrados no local. – O palmito era embalado na garagem da casa, sem as mínimas condições de higiene, disse o delegado Garcia. – Os rótulos dos vidros também eram falsos e a empresa sequer tinha nome ou CNPJ, acrescentou. Os irmãos Wagner e Laurentino da Costa, supostos donos do negócio, foram presos e levados à Delegacia de Piraquara. Todo o material apreendido foi entregue à Delegacia de Meio Ambiente.
Os cinco detidos são apontados como membros de uma mesma quadrilha que extrai e comercializa palmito de forma irregular na região. Outros sete integrantes do grupo estão foragidos. A última grande apreensão de palmito em Curitiba aconteceu em agosto de 2004, em uma fábrica clandestina no bairro Centenário. Cinco mil vidros do produto foram encontrados pela polícia no local. Na época, uma pessoa foi presa. (Gazeta do Povo-PR 15/03)