O consumo de papel ainda tem muito a crescer no país. Nos países ricos o consumo médio per capita é 400 metros cúbicos de papel por ano. Países emergentes gastam 200 metros cúbicos, mas o Brasil ainda consome menos de 100 metros cúbicos per capita/ano.

A Ásia consumia há dez anos em média 1,5 metro cúbico per capita ano, já elevou para 3,5 metros cúbicos. Na China, por exemplo, estima-se que a cada metro cúbico/per capita de aumento no consumo de papel, corresponde uma fábrica de um milhão de toneladas. — Ela está aumentando o consumo dois quilos por ano, ou seja o equivalente a duas fábricas de celulose por ano.Estamos diante de uma grande oportunidade, diz o ex-secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul e atual diretor de fomento florestal da Caixa RS, Floriano Isolan.

Mas não precisa ir tão longe. No Rio Grande do Sul, a Votorantim já comprou 40 mil hectares, para suprir a unidade de celulose que planeja implantar no Estado. Isso já valorizou as terras. Nos últimos cinco anos, em certas regiões a terra dobrou de preço. — Outra coisa, reflorestamento não depende de bolsa, não está sujeito a especulações. É oferta e procura, representa segurança para o investidor. Nos últimos 20 anos a produtividade das florestas plantadas triplicou, graças à tecnologia. Hoje se usam mudas clonadas, melhorou as técnicas de plantio, de fertilização, de manejo, combate a pragas. No Rio Grande do Sul o ciclo do eucalipto é de 14 anos (dois cortes), mas está em desenvolvimento uma variedade para sete anos.