Software para o lixo
2005-03-14
Um software de gerenciamento do lixo domiciliar, desenvolvido por técnicos da Divisão de Tecnologia de Transportes do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), pretende racionalizar os gastos das prefeituras brasileiras com os serviços de coleta e transporte dos resíduos urbanos.
O Planlix IPT on demand, que pode ser aplicado em qualquer cidade com até 600 mil habitantes, permite fazer diversas simulações para calcular os custos operacionais em cada etapa do processo. Também podem ser feitas previsões dos gastos necessários por tonelada de lixo coletado.
Para o coordenador da equipe que criou o programa, Sérgio Inácio Ferreira, a falta de instrumentos de medição da quantidade dos resíduos sólidos gerados pela população pode gerar distorções no momento do pagamento. — Com o programa é possível reduzir, em média, 30% das despesas de um município com a coleta - disse Ferreira. Para o técnico, as simulações do software podem ajudar as cidades a ter um serviço de alta qualidade, por um preço justo.
O pesquisador do IPT explica que o programa é dividido em três níveis de informação. O primeiro diz respeito a dados como área do município, perfil socioeconômico, densidade demográfica e topografia da cidade. No segundo estão as planilhas de manutenção e custos administrativos, e o terceiro nível, relacionado aos índices operacionais, inclui dados como o consumo de combustível e a velocidade média do caminhão de coleta. — A intenção não é apenas reduzir o custo, mas principalmente estabelecer um gerenciamento contínuo e organizado para as cidades.
Depois de ser testado e aprovado pelo IPT em cidades como Guarulhos e São José do Rio Preto, em São Paulo, e Vitória da Conquista, na Bahia, o programa de computador encontra-se disponível para as prefeituras de todo o país pela internet. As empresas privadas também podem se beneficiar com a metodologia. As licenças do Planlix são concedidas após o pagamento de uma taxa de R$ 5 mil. A manutenção anual custa R$ 1 mil. Mais informações: www.ipt.br/planlix (Agência FAPESP, 14/03)