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2005-03-14
Ninguém mais despertou a consciência ecológica entre os espanhóis do que Félix Rodríguez de la Fuente, com suas enciplopédias, livros e, sobretudo, com seus programas de televisão. O amigo Félix foi, durante as décadas de 60 e 70, o pioneiro da divulgação ambiental na Espaha. Neste final de semana, seus familiares, amigos e a comunidade científica lembraram os 25 anos de sua morte em um acidente de avião, quando retornava do Alasca.

A história deste divulgador da ciência começou também em 14 de março. Era o ano de 1928, em Poza de la Sal, Burgos. Ali nasceu Félix Samuel Rodríguez de la Fuente, que passou sua infância em plena natureza, no vale de Bureba, tendo a Guerra Civil como tela de fundo. Em 1938, ingressou como interno no colégio de los Sagrados Corazones de Vitoria e terminou o bacharelado nos Maristas de Burgos. Queria estudar Biologia, mas seu pai o convenceu a estudar Medicina em Valladolid. Acabou formado em Odontologia, título que obteve em Madri, em 1957.

Foi na capital espanhola que se apaixonou pela vida de dedicação aos animais. Em 1960, viajou para a Arábia Saudita acompanhando caçadores que o governo espanhol enviou ao rei saudita. Seu salto de popularidade nos meios de comunicação foi gradual, mas firme. Primeiro, foram artigos divulgativos na revista Blanco y Negro, logo as aparições esporádicas em programas para crianças. Em 1965, Félix apareceu no programa Fim de Semana, da Televisão Espanhola, e chamou tanto a atenção do público que seu rosto passou a ser conhecido entre a população espanhola e ainda fora do país.

Em 1968, fundou a delegação espanhola da World Wildlife Fund (WWF/Adena), viajou dois anos pela África, defendeu campanhas contra a contaminação e a depredação do Parque Nacional de las Tablas Daimiel, entre outras. A partir de 1974, realizou seu projeto mais ambicioso: El hombre y la tierra, em séries venezuelana, ibérica e canadiense. A série transformou-se em mito da história da televisão, chgou a ser vista por 700 milhões de pessoas de todo o mundo, do Japão à Polônia. Morreu no Alasca. (El Mundo, 13/3)

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