PF desarticula gangue acusada de venda ilegal de madeira
2005-03-14
A operação Mata Verde da Polícia Federal identificou quatro homens que atuavam com a extração e venda ilegal de madeira na Bahia. Genivaldo da Cruz é o único que está preso e deve responder a processo por formação de quadrilha, tráfico de entorpecentes, furto qualificado e estelionato. Ele já tinha sete passagens na polícia por envolvimento com o tráfico e foi detido no último dia 8, dentro da madeireira de sua propriedade, situada no bairro do Uruguai. No local foram encontrados 38m3 de madeira ilegal e 17kg de maconha.
Genivaldo foi autuado em flagrante pelo Ibama e condenado a pagar multa de R$12 mil. A polícia acredita que ele usava o dinheiro adquirido com a venda de drogas para comprar a madeira ilegal. Genivaldo está detido no Presídio Estadual de Salvador. A Polícia também está a procura de Eliomar Lopes de Souza, Gilson de Jesus Carvalho e Amilton Tecce, acusados de extrair a madeira da mata atlântica do município de Gandu para vender a várias madeireiras da capital, dentre elas a de Genivaldo.
Os três acusados fugiram após serem identificados e a polícia aguarda a expedição do mandado de prisão para iniciar as buscas. Se comprovado o crime, eles podem ser condenados a penas que variam entre seis meses e um ano. A Polícia Federal afirma que eles eram os fornecedores da madeira adquirida por Genivaldo. Também foi aplicada uma multa de R$25 mil pelo Ibama e a madeira apreendida foi guardada pela prefeitura municipal.
Segundo a delegada-chefe da comunicação social da PF, Mônica Horta, a prisão de Genivaldo e a identificação dos outros três acusados só foi possível depois de uma série de investigações. Ela explica que a prisão de Genivaldo elimina não só mais um ponto de comercialização de madeira ilegal, mas um importante membro do tráfico organizado da cidade. — Acreditamos que Genivaldo usava a madeireira para lavar o dinheiro do tráfico em um ciclo vicioso. Por isso ele também pode responder a processo por lavagem de dinheiro e ter sua pena aumentada ainda mais - concluiu. (Correio da Bahia 11/03)