Fumaça do lixo sufoca Chapecó (SC)
2005-03-11
Chapecó amanheceu ontem coberta de nuvens, que não eram de chuva. Era a fumaça que vinha do lixão localizado no Parque das Palmeiras. O fogo, que começou na tarde de quarta-feira, espalhou a fumaça pela cidade, acompanhada do mau cheiro. A situação se amenizou somente no início da tarde de ontem.
O operador da Central do Corpo de Bombeiros, Adair Adão Hahn, disse que a corporação recebeu mais de 300 ligações sobre o problema. Os bombeiros orientaram os moradores das vizinhanças a manterem as casas fechadas, pois os gases liberados pela queima do lixo são tóxicos. Para as pessoas com doenças respiratórios foi recomendada a mudança para a casa de parentes e amigos que moram mais longe do lixão.
No entanto, não foi necessário encaminhar ninguém para o hospital, segundo o bombeiro. Hahn disse que o fogo não foi espontâneo e deve ter sido provocado por cigarro, fósforo ou ação de alguém. O fato pode ter sido acidental ou provocado. A falta de chuva contribuiu para que o fogo se espalhasse. Os Bombeiros auxiliaram a prefeitura com caminhão-tanque para molhar o local.
Trabalho vai levar de 15 a 30 dias
O prefeito João Rodrigues autorizou, ontem, a contratação de máquinas de empresas privadas para auxiliar no combate ao incêndio, que tinha aumentado durante a noite. O secretário de Desenvolvimento Urbano e Planejamento, Márcio Sander, disse que foram disponibilizados dois tratores de esteira, cinco caminhões e três retroescavadeiras no combate ao fogo.
Ele afirmou que a melhor maneira de combater o incêndio é jogar terra e movimentar o lixo, pois os focos são submersos. Ele estima que o trabalho para conter o fogo ainda vai levar entre 15 e 30 dias, dependendo das condições do clima.
Além do trabalho emergencial, a prefeitura já está cuidando do processo de recuperação do lixão, desativado em 2000. Sander disse que desde 2002 existe um projeto parado no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 2,7 milhões. A prefeitura está fazendo um novo estudo de custos, que deve subir para R$ 4 milhões. O objetivo é tentar outras fontes de recurso para realizar a obra. Mesmo assim, o projeto não é a curto prazo, segundo o secretário.(DC, 10/03)