Marina Silva defende ações do governo na Amazônia durante audiência no Senado
2005-03-11
Durante a sétima reunião da Comissão Externa do Senado que acompanha as investigações do assassinato da missionária Dorothy Stang, parlamentares e representantes do governo federal comentaram a opinião de que as causas da violência na Pará se baseiam numa reação de setores inconformados com a política agrária.
Em seu discurso, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que existem comunidades locais e setores produtivos que apóiam a reforma agrária e as ações que vêm sendo realizadas e que o assassinato foi uma forma violenta de inibir essas comunidades e setores e de afrontar o Estado. Marina Silva explicou que o governo vem trabalhando com quatro diretrizes principais: o desenvolvimento sustentável; o controle da participação social, para incentivar o envolvimento da sociedade; o fortalecimento do Sistema Nacional do Meio Ambiente, dividindo tarefas com estados e municípios; e uma política ambiental integrada, em que diferentes setores participem.
A ministra lembrou que foram necessárias ações estruturantes, como a elaboração do Plano de Combate ao Desmatamento, em que 15 ministérios participaram. O secretário de Biodiversidade e Floresta, João Paulo Capobianco, lembrou que no início do governo, não tínhamos sistema de monitoramento, éramos informados dois anos depois quando o fato já era consumado e agora é em tempo real, qualquer pessoa pode fiscalizar a Amazônia. (Agência Brasil, 10/3)