EPA lança regra há muito esperada sobre qualidade do ar
2005-03-11
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos lançou ontem (10/3) uma ampla regra com a finalidade de reduzir significativamente os níveis de ozônio que prejudicam a qualidade do ar respirável (em baixas atmosferas) e que são causados por emissões de plantas energéticas em atividade no Leste e Centro-Oeste do país.
O há muito esperado Clean Air Interstate Rule (CAIR) – considerado como o mais substancial meio de estreitar os padrões de qualidade do ar desde que o Clean Air Act foi emendado, em 1990 – vem com a expectativa de salvar milhares de vidas a cada ano e prevenir a perda de milhões de dias de trabalho por causa de ataques de coração e asma causados pelas más condições do ar respirável.
As novas regras estabelecem limites para emissão de dióxido e óxido de enxofre de plantas estacionárias em 28 Estados norte-americanos e no Distrito de Columbia. Para atingirem as metas, muitas plantas terão que instalar purificadores de ar e outros equipamentos de caputura de partículas.
As plantas que não conseguirem atingira metas poderão comprar créditos de outras. Atualmente 70% da poluição nos piores dias de verão vêm das plantas de eletricidade movidas a carvão.
Os óxidos de nitrogênio reagem com o ar e formam ozônio, um gás que, em baixa atmosfera, causa danos à saúde, como irritações, asma e outras doenças respiratórias. A EPA calcula que a nova regra vai prevenir 17 mil mortes prematuras, 1,7 milhão de dias de trabalho perdidos, 500 mil dias de escola perdidos, 22 mil ataques de coração não-fatais e 12,3 mil internações hospitalares até 2015. (Washington Post, 11/3)