A região de São Borja também teve frustrada, mais uma vez, a expectativa de chuva significativa para reverter o dramático cenário da seca. A mudança climática na Fronteira-Oeste, na madrugada de ontem, não foi além de garoas e pancadas isoladas, em volume máximo de 5 milímetros. O rio Uruguai atingiu ontem a marca de 49 centímetros acima do leito (parte navegável) em São Borja. É o segundo menor nível em 20 anos de medição feita pela Corsan. O menor foi de 24 centímetros em 7 de abril de 1981. Nas últimas 48 horas, o manancial baixou 10 centímetros. No ano passado, o rio ficou, em média, 3 metros acima da cota.

A seca deixa à mostra amplas áreas ribeirinhas, lixo e bancos de pedra na margem do rio. A Corsan tenta manter o abastecimento aos 65 mil habitantes. Segundo o coordenador da Estação de Tratamento, José Ubiratan Falcão, desde domingo, a companhia opera até 21 horas por dia, na média de 200 litros por segundo. O gerente da empresa, Breno Padão, destaca que a demanda tem sido recorde neste verão, 40% além do normal. (CP, 19)