Projeto Rede Semente Sul chega ao fim mas iniciativa continua
2005-03-09
A partir do mês que vem a Rede Semente Sul, que até então era projeto da Universidade Federal de Santa Catarina, seguirá com suas próprias pernas. O projeto financiado pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente para estruturar a rede chega ao fim e agora caberá às diferentes organizações dos três estados do Sul darem continuidade às atividades. A rede desenvolveu um banco de informações sobre sementes de diferentes espécies florestais da Mata Atlântica, disponível na página do Projeto (www.sementesul.ufsc.br), e aproximou instituições, produtores, pesquisadores e ambientalistas interessados em semente na região Sul.
O coordenador do Projeto, Professor João de Deus Medeiros, explica que as atividades desenvolvidas serviram para integrar os diferentes atores que trabalhavam com sementes de forma isolada e pouco qualificada. Uma das vitórias apontadas por Medeiros foi a horizontalização das relações entre viveiristas, mateiros, produtores, pesquisadores e ambientalistas. — Nos encontros estes diferentes atores trocaram experiências de igual para igual — afirma o professor.
Dando continuidade às atividades, foi composto um Comitê Gestor, formado por três membros de cada Estado da Região Sul, que definirá princípios e normas de funcionamento da rede daqui a diante. O comitê organizará pelo menos dois encontros anuais com todo o grupo, sendo que o próximo será em outubro deste ano. Membro do comitê, Clarisse da Costa Trindade explica que esta estrutura é provisória e terá o papel de definir normas até então pouco claras, como regras de ingresso ou uso da marca da Rede.
As atividades serão apoiadas pelas diferentes instituições que compõem a rede e utilizam das informações produzidas pelo projeto. Clarisse acredita que outros projetos destas instituições possam destinar recursos para a promoção de encontros e atividades da rede, dando sustentabilidade à iniciativa. A rede segue em frente e destaca a importância das políticas públicas no controle de sementes, na educação ambiental e reforça a necessidade de encontros periódicos para atualizar os membros da rede. (Boletim Ambiente Meiembipe, 07/03)