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2005-03-08
É possível extrair madeira da Amazônia e lucrar, sim, com seu comércio, sem estar fora da lei nem ser ecologicamente incorreto. A tarefa, contudo, só é cumprida com certeza em 1% da área total da floresta, o equivalente a 3% (ou 1,6 milhões de hectares) da madeira extraída lá. A informação é do engenheiro florestal e técnico de desenvolvimento de mercado para produtos sustentáveis da ONG WWF Brasil, Estevão Braga.

Apesar de o Ministério do Meio Ambiente afirmar que a quantidade de madeira explorada de forma legal é maior - seriam 50% da extração da Amazônia -, diversas ONGs ligadas ao meio ambiente consideram que a licença conferida pelo Ibama é insuficiente para garantir a atuação ecologicamente correta das madeireiras licenciadas. O instituto não teria poder de fiscalização para inspecionar a prática dos planos de manejo apresentados por essas empresas, por exemplo. O Ibama admite falta de pessoal, mas adianta que está em processo de aprimoramento da inspeção, com contratação de pessoal e melhorias tecnológicas. Alega ainda haver outra pedra no caminho de firmas que gostariam de fazer o manejo responsável: falta de incentivo financeiro.

Diante das dificuldades do governo federal, o selo de uma entidade internacional chamada FSC (Forest Stewartship Council ou Conselho de Manejo Florestal) tem sido usado como certificado de correção ambiental. A FSC definiu padrões mínimos para o bom manejo da floresta, considerando benefícios ecológicos e sociais, questões legais e viabilidade econômica. Os critérios são os mesmos para o mundo inteiro, adaptados à legislação de cada país e a cada vegetação. Auditores credenciados fazem verificação no mínimo anual nas empresas, com monitoramentos-surpresa.

O credenciamento é voluntário, portanto não é cobrado pelo Ibama, mas um dos requisitos do FSC é o cumprimento de todas as leis vigentes no local da extração, como a contração de trabalhadores pela CLT, o uso de equipamento de segurança e a posse comprovada da terra.

Ser ecologicamente correto, conforme os critérios internacionais da FSC, leva em conta, entre outras coisas, a maneira como a árvore é cortada, um inventário florestal com as espécies presentes, cuidados ao manter a composição da vegetação e no transporte da madeira extraída. Ex-auditor da FSC, o engenheiro ambiental Estevão Braga explica que os critérios técnicos que garantem o manejo responsável da floresta são os mesmos que asseguram um maior lucro para as empresas, por evitar o desperdício de recursos naturais. – Comparamos a exploração de impacto reduzido com a convencional e verificamos que o lucro é 17% maior, assegura, comemorando o fato de as madeireiras sérias estarem aprendendo que é mais vantajoso ser ecologicamente correto. (JB 07/03)

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