O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) apresentará à Câmara dos Deputados sua experiência enfocando a geração de trabalho e renda a partir do gerenciamento de resíduos sólidos. O DMLU participa do Seminário Do Lixo à Cidadania - Catadores de Material Reciclável e Desenvolvimento Sustentável, que se realiza amanhã (30) no Auditório do Espaço Cultural em Brasília. O objetivo da atividade é debater o futuro das cooperativas de triagem de lixo. O diretor-geral substituto do DMLU, Rosalino Mello, é painelista do tema Do Lixo à Cidadania e o Desenvolvimento Sustentável - Experiências de Inclusão Social. Como modelo de Gestão Integrada e Sustentável dos Resíduos Sólidos, Porto Alegre será a única cidade a mostrar sua atuação junto aos catadores. O DMLU gerencia a Coleta Seletiva na Capital que tem duas modalidades: o recolhimento semanal feito por caminhões da própria Prefeitura e o Posto de Entrega Voluntária (PEV) - 28 pontos em que o cidadão pode deixar seu resíduo reciclável. Esse material é levado para uma das oito unidades de triagem da cidade onde atuam 500 trabalhadores, que obtém uma renda média de dois salários mínimos por mês. A remuneração provém exclusivamente da venda do resíduo para as indústrias de reciclgem. Neste primeiro semestre, foram incorporadas mais 40 pessoas ao gerenciamento dos resíduos na Capital. Elas trabalham na Unidade de Triagem e Compostagem (UTC) da Lomba do Pinheiro, que tem como objetivo principal o reaproveitamento da matéria orgânica. Moradoras da comunidade onde o empreendimento está instalado, essas pessoas são remuneradas através de convênio coletivo de trabalho firmado com a Secretaria de Estado do Trabalho Cidadania e Ação Social (STCAS) e complementados pela venda do material reciclável que ainda é disposto na Coleta Domiciliar. Até o início do próximo ano, a UTC deverá incorporar 180 trabalhadores. Apesar disso, Rosalino Mello acredita que não se deve ver no resíduo a saída para os problemas de geração de trabalho e renda no país. - Vivemos a indecência social e não a consciência ambiental. Daqui a pouco teremos que gerar mais resíduos para alimentar uma multidão de catadores, destaca. Mello enfocará ainda a questão da responsabilização de toda a sociedade, fabricantes de produtos e embalagens, distribuidores, comerciantes e consumidores na gestão dos resíduos. - Hoje ela recai toda sobre o Município. (PMPOA)