Estado quer tratar rios que deságuam na Baía da Guanabara
2005-03-03
O governo do estado do RJ apresentou ontem, durante reunião com o Banco Japonês para Cooperação Internacional (JBIC), um dos financiadores do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara, um projeto que prevê a construção de sete estações de tratamento de esgoto na foz de alguns dos rios mais poluídos da bacia. Segundo o JBIC, a proposta só será analisada depois que o governo concluir a primeira fase das obras de despoluição, cujo prazo termina em 25 de dezembro de 2006. O custo do novo projeto é de US$ 160 milhões (cerca de R$ 416 milhões).
As sete estações se somariam às oito existentes. Hoje, pelo menos metade delas opera abaixo da capacidade. As novas unidades tratariam o esgoto de rios com vazões de até 13.700 litros por segundo. A estação com maior capacidade do programa, a de Alegria, tem capacidade para 5.000 litros por segundo, mas funciona com 1.500. O projeto apresentado ontem prevê estações nos rios Iguaçu, Sarapuí, Caceribu e Meriti e nos canais Irajá, do Cunha e do Mangue, além da dragagem do Canal do Fundão.
O secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Luiz Paulo Conde, explica que o projeto é complementar à segunda fase das obras de despoluição: — Resolvemos apresentar este aditivo tendo em vista os Jogos Pan-Americanos. Com esse projeto, poderíamos acelerar, por exemplo, a despoluição do Canal do Cunha.
O representante do Banco Japonês no Rio, Takao Ono, disse esperar que as obras da primeira fase do programa de despoluição, que estão atrasadas seis anos, sejam concluídas até o fim do ano que vem. (O Globo 02/03)