Os perímetros irrigados do rio São Francisco, no alto sertão de Pernambuco, e da Bahia, além de trechos de Minas Gerais, poderão se transformar também na primeira região do Brasil a cultivar a oliva em grande escala com o intuito de se produzir azeite no Brasil. Os testes estão sendo feitos por pesquisadores da Embrapa Semi-Árido e técnicos da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), sediada em Petrolina, no Recife, com o apoio de dois israelenses que estão prestando consultoria ao projeto.Eles avaliam o desempenho agrônomico de 15 variedades de oliveiras para a produção de azeitonas e azeite de oliva, nas condições do semi-árido.

A pesquisa pretende trazer e estender para terras brasileiras a fronteira agrícola dessa cultura que se encontra em fase de expansão impulsionada pelo consumo crescente de azeite no mercado internacional. Além das oliveiras, serão introduzidas e avaliadas na região do semi-árido as fruteiras: abacate, sapoti, pitaya, caqui, tangerina, pereira, pêssego, ameixa e mirtilo. No ano passado, a Codevasf repassou para a Embrapa Semi-árido recursos da ordem de R$ 390 mil para execução do projeto. (GM, B-13)