Partido Trabalhista inglês quer mais rigor com grandes poluidores
2005-03-02
O Partido Trabalhista inglês está considerando a possibilidade de disputar as eleições com o comprometimento de impor penalidades mais severas a companhias e indivíduos que poluem o meio ambiente.
A proposição mais adiantada em uma nova lei de justiça ambiental quer dar o direito a que comunidades ordenem avaliações de impacto ambiental de empreendimentos como novas fábricas, estradas ou plantas de incineração.
A procuradora-geral Harriet Harman, que está retornando à política, também quer novos poderes à Agência de Proteção Ambiental a fim de demandar à corte que ordene aos poluidores a limpeza de rios ou áreas de terras que eles tenham degradado. As propostas poderiam preocupar a comunidade de negócios, mas, de acordo com Harman, este setor é considerado já voto vencido por muitos apoiadores dos trabalhistas, que acreditam que ações mais firmes precisam ser tomdadas para combater problemas de poluição na Grã-Bretanha. Os trabalhistas terão encontro, dia 8 de março, com os chamados ministros verdes, secretariados por Elliott Morley, o ministro do Meio Ambiente.
A Agência Ambiental britânica processou 266 empresas em 2003 e as cortes impuseram multas a 11 diretores de empresas por poluição a rios, campos e outras áreas do país. Porém, a Amigos da Terra (FOE) criticou as cortes por subestimarem os lucros dessas grandes companhias. Segundo a FOE, Terry Leahy, o chefe executivo da Tesco, ganha mais dinheiro em um dia do que a multa de 10 mil libras por vazamento de combustível para o subsolo a partir de tanques de armazenamento da empresa no Tower Park Tesco, em Poole, Dorset. Em seu relatório, a Agência Ambiental disse que o vazamento continuou por mais de seis meses. (The Independent, 2/3)