Equipes avaliam abastecimento de energia no Estado
2005-02-28
Nesta semana, os grupos de trabalho do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Secretaria de Energia, Minas e Comunicações do Estado devem se reunir para monitorar os efeitos da seca sobre o abastecimento de energia. A criação da equipe do ONS foi confirmada no dia 25 pelo diretor de Planejamento e Operação do órgão, Hermes Chipp, ao secretário Valdir Andres, que já havia instalado um grupo de trabalho estadual. O principal objetivo é estudar medidas para evitar riscos ao fornecimento, como o aumento da autorização para que as térmicas do Estado passem a operar a plena carga (despacho).
Como o critério do ONS é despachar primeiro as usinas com menor custo de geração, é preciso uma situação especial para alterar essa orientação. – Ainda não temos previsão de racionalização ou racionamento, mas precisamos estar preparados, afirmou Andres.
Conforme o secretário, a preocupação se concentra até o final de abril. Depois, o aumento das chuvas e a redução das temperaturas tende a suavizar o quadro. A idéia é poupar o reservatório da Usina de Jacuí. No entanto, há poucas opções de térmicas para aumentar a geração no Estado. – O que está ocorrendo agora é uma lição. Precisamos de mais geração térmica, porque não temos grandes reservatórios, disse.
– A importação de energia do Sudeste tem evitado problemas, mas se aproxima do limite. Para o próximo verão, lembrou Andres, o Estado deve reforçar o sistema pela linha de transmissão. Na avaliação do presidente do Comitê de Operação do Sistema Elétrico do Estado (Copergs), Sidney Simonaggio, não há motivo para inquietação: - O quadro não deve degenerar tão depressa a ponto de ultrapassar a capacidade de importação de energia do Sudeste, que está com os reservatórios cheios.
A região representa 70% da capacidade de armazenamento do país. As transferências do Sudeste para o Sul têm oscilado entre 2,3 mil e 2,5 mil megawatts (MW) médios. A necessidade diária da região ultrapassa os 10 mil MW. (ZH 26/2)