Sociedade Civil pede urgência na federalização do caso Irmã Dorothy
2005-02-28
O Greenpeace e outras organizações da sociedade civil encaminharam sexta-feira (25) uma carta ao Procurador-Geral da República, Cláudio Fonteles, solicitando agilidade no pedido de transferência das investigações e julgamento do assassinato da missionária Dorothy Stang, para a Polícia Federal e Justiça Federal, respectivamente. Fonteles se comprometeu publicamente a pedir a transferência imediata do caso para a esfera federal nos dias 13 e 14 de fevereiro, em Belém e Altamira.
Irmã Dorothy foi assassinada por pistoleiros em Anapu, no dia 12 de fevereiro, quando se dirigia ao Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Esperança. Acreditava num futuro pacífico e sustentável e defendia como poucos o patrimônio nacional dos ataques de grileiros, além de lutar incansavelmente por uma forte presença do Estado na Amazônia. Há mais de 30 anos vivia na região da Transamazônica e dedicou quase metade de sua vida para dar voz às comunidades rurais, defendendo o direito à terra e lutando por um modelo de desenvolvimento sem destruição da floresta. (Greenpeace, 25/2)