Rossetto reafirma compromisso com o fim da ilegalidade na Amazônia
2005-02-28
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, reiterou em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (24/2), em Belém, que o governo está empenhado em desestimular a ocupação ilegal de áreas federais localizadas no estado do Pará e em toda a Amazônia. — Eu quero mais uma vez reafirmar: não há uma expectativa de direitos para ações ilegais de ocupação de terra, de crime ambiental no Pará e na Amazônia. Nós já estamos agindo com vigor e com medidas preventivas para evitar esse processo em relação ao futuro e, ao mesmo tempo, estamos organizando a situação que recebemos de enorme desorganização fundiária no Pará, disse.
Como exemplo de medidas de combate à ocupação ilegal, Rossetto citou o decreto que interdita por seis meses a exploração em 8,2 milhões de hectares de terras públicas federais localizadas na margem esquerda da rodovia BR-163. A área está disponível para o governo estudar a criação de unidades de conservação. — As medidas de interdição ambiental patrocinadas pela ministra Marina Silva e pelo Ministério do Meio Ambiente também são um instrumento preventivo em relação a essa expectativa de direitos que não existem, ressaltou. O ministro também assegurou que haverá presença maior do Estado na região. — A determinação do presidente para todo o governo, todos os ministérios envolvidos, é dedicação forte para que nós possamos superar essa situação. Vamos sair dessa crise com uma presença maior do Estado, do governo federal, e eu tenho certeza, do governo estadual, com as nossas instituições - o Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária], o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], a Polícia Federal - mais fortes e mais presentes, de uma forma permanente aqui no estado do Pará.
Antes de seguir para o município de Parauapebas, o ministro se reuniu com o governador do Pará, Simão Jatene. O ministro irá ainda a Altamira e a Anapu, município onde foi assassinada a tiros a missionária Dorothy Stang. (Agência Brasil, 25/2)