Ambientalistas apontam razões dos EUA para rejeição de tratado mandatório ao mercúrio
2005-02-28
Para grupos de ambientalistas, a principal razão para os Estados Unidos rejeitarem um tratado mandatório de controle do mercúrio é o fato de o governo norte-americano estar finalizando novas regulamentações sobre suas próprias estações de geração de energia até o mês que vem.
Segundo Felice Stadler, diretor da Política de Proteção contra o Mercúrio nos Estados Unidos, informou que as estações movidas a carvão são as maiores fontes de mercúrio e que elas respondem por cerca de 40% da produção de energia nos Estados Unidos. Segundo ele, estão sendo encontrados altos níveis de mercúrio em baleias em áreas do Canadá e Groenlândia. –Eles estão basicamente reescrevendo seções do Clean Air Act (lei norte-americana sobre proteção do ar), disse Stadler.
Mas esta informação foi rebatida por uma fonte da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA). Esta fonte disse que líderes da EPA querem evitar um acordo mandatório internacional porque ele reduziria sua compet~encia para regular as emissões de mercúrio nos Estados Unidos.
A EPA publicou um conjunto de regulamentações, o Clean Air Mercury Rule, em janeiro de 2004. Seguiu-se então um período de consulta pública de 60 dias durante o qual a agência recebeu mais de 680 mil respostas – o maior número jamais recebido sobre este assunto. A maioria teria criticado a propostya de regulamento por ser muito branda. (BBC, 26/2)