Pacto mundial e obrigatório para controlar mercúrio é rejeitado
2005-02-28
Usinas movidas a carvão são a maior fonte de mercúrio ao meio ambiente. Governantes de todo o mundo concluíram, na semana passada, um acordo visando à redução da produção e do uso de metais tóxicos como o mercúrio. As decisões foram tomadas no encontro bienal do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) em Nairobi, Quênia.
O acordo, no entanto, não estabelece um comprometimento legal global obrigatório para cessar a produção de mercúrio, como a União Européia havia defendido. Ao invés disto, conclama membros dos países a estabelecerem parcerias voluntárias a fim de reduzir os impactos danosos da poluição por mercúrio.
O acordo também determina que a União das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep) persiga vários caminhos para futuras pesquisas, incluindo um projeto que possa documentar o uso do mercúrio com maiores detalhes.
O mercúrio é um metal que ocorre naturalmente, sendo liberado ao ambiente a partir de rochas e solos, em erupções vulcânicas. Mas atividades humanas, incluindo a mineração, indústria e geração elétrica, continuamente adicionam mais mercúrio ao ambiente.
Cerca de 70% das emissões de mercúrio de origem humana provêm da queima de carvão e da incineração de materiais residuais. E, uma vez liberada ao meio ambiente, este tipo de poluição pode viajar longas distâncias. (BBC, 26/2)