Cachoeira do Sul projeta o novo aterro sanitário
2005-02-25
O prefeito Marlon Santos confirmou quarta-feira (23/02), em Porto Alegre, que até o ano que vem, Cachoeira do Sul deverá ganhar um novo aterro sanitário. O projeto será elaborado para substituir o atual depósito, inviabilizado pela inexistência de gestão que fosse eficiente para impedir que o aterro se transformasse num lixão a céu aberto. O novo projeto deve ser o marco inicial da política que o prefeito Marlon pretende implementar, a partir de agora, para solucionar os problemas decorrentes da destinação incorreta do lixo urbano, deficiência que colocou em xeque a política ambiental da gestão anterior. Marlon foi enfático e acusou a empresa Tovil, contratada pelo Governo Pipa, de imperícia e de ter inviabilizado o aterro, implantado em 1993 com recursos provenientes do Ministério da Saúde. No entanto, o prefeito entende que é importante projetar o futuro e evitar que novos danos ambientais e sociais acabem acontecendo no distrito de Ferreira, onde está localizado o depósito. - Não é um problema fácil de resolver, mas estamos priorizando medidas para buscar uma solução definitiva para a destinação do lixo urbano - anunciou.
O novo aterro, segundo o prefeito, vai se localizar próximo ao atual depósito. Antes, porém, ele quer amenizar o impacto ambiental acarretado pelas falhas ocorridas no atual aterro. Por isso, a empresa TerraFácil, chamada em caráter emergencial para substituir a Tovil, que teve o contrato suspenso por decreto, tem a missão de soterrar os resíduos que encontram-se a céu aberto. Além disso, a empreiteira de Santa Cruz do Sul deverá obedecer as regras ambientais e aterrar corretamente o lixo que está chegando diariamente a Ferreira. - Temos que evitar riscos de contaminação das águas ou de mais degradação do meio ambiente - reiterou o prefeito.
Para não provocar danos sociais, ao remover os catadores de lixo do aterro, o prefeito reafirmou o interesse do Governo de criar um sistema que permita que eles mantenham a atividade, porém, exercendo-a com segurança.
O empresário Celso Tonini, responsável pela empresa Tovil, disse quarta-feira (23) que não é responsável pelos problemas que tornaram inviável o aterro sanitário de Ferreira. - Como o prefeito pode dizer isso, se a Prefeitura administra o aterro há mais de oito anos e eu só fiquei lá sete meses? - questionou. (Jornal do Povo, 24/02)