O impasse sobre a gestão compartilhada do Parque Nacional da Tijuca chegou ao fim. O presidente substituto do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luiz Fernando Krieger Merico, veio ao Rio ontem para uma reunião com o prefeito Cesar Maia. Ficou decidido que o contrato de gestão não terá continuidade.

- Disse ao prefeito que queria continuar com a parceria. Mas ele citou compromissos financeiros, o Pan-Americano e disse precisar de dinheiro. Disse que só manteria a gestão se fosse ressarcido, mas isso não é possível - conta Merico.

O Ibama investe por ano quase R$ 3 milhões no Parque da Tijuca. Durante a gestão compartilhada, a prefeitura arcava com o mesmo valor e prestava serviços de limpeza, segurança e pequenas obras. - Vamos assumir os custos agora e eles não serão repassados aos visitantes. Durante 30 dias, a prefeitura tem que continuar oferecendo os serviços e cumprindo o aviso prévio - explica Merico.

De acordo com Merico, serão contratados em caráter emergencial 70 servidores. Além disso, o Ibama vai aumentar a arrecadação do Parque. - Podemos trabalhar com a compensação ambiental, arrecadando dinheiro de empreendimentos que direta ou indiretamente possam prejudicar o Parque. Por exemplo, as antenas de radiodifusão. E vamos continuar formulando propostas para nos aproximarmos da prefeitura - explica Merico. (JB 24/2)