O presidente da Corsan, Vitor Bertini, viaja sábado a Washington, onde tratará de quatro projetos com o Banco Mundial (Bird) - que promoverá uma semana sobre a água, com reuniões técnicas sobre o tema - e com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Segundo Bertini, embora os projetos ainda não tramitem formalmente, eles já vêm sendo discutidos com as instituições financeiras, e a estiagem no Estado será um elemento novo em um deles. – São ações de longo prazo, afirma Bertini. Com o Bird, as negociações envolvem três projetos, que somam financiamentos de quase 200 milhões de dólares (sem considerar a contrapartida) mais um fundo perdido de 500 mil dólares. Este último se refere ao atendimento de 150 municípios gaúchos que não têm a Corsan como concessionária. – Não se trataria de concessão, mas de convênios de cooperação, para a transferência de tecnologia e prestação de serviços, diz Bertini. Os demais envolvem a Bacia do Rio Gravataí (150 milhões de dólares) e outro de melhorias de saneamento, com 40 milhões de dólares.

De acordo com informação do presidente da Corsan, o projeto de melhoria no setor de saneamento já chegou a ser negociado com o governo Fernando Henrique Cardoso, mas o atual governo desistiu. Segundo Bertini, o Bird ofereceu o projeto diretamente ao Rio Grande do Sul, que está interessado.

O projeto com o BID pode ser considerado uma ponte entre o Pró-Guaíba 1 e um futuro Pró-Guaíba 2. – Seria uma forma de não haver descontinuidade dos trabalhos, explica Bertini. Segundo ele, todos os projetos passaram pelo crivo do secretário da Coordenação e Planejamento, João Carlos Brum Torres. (CP, Denise Nunes, Central)