Operações de fiscalização contra pesca predatória serão uma constante no sul do estado. A promessa foi feita ontem pela chefe da fiscalização do Ibama na região, Maria Odete Pereira que divulgou, em Pelotas, os resultados das operações feitas no final de semana na região. Maria Odete confirmou que os apelos dos pescadores pelotenses para que o órgão seja tolerante com relação ao tamanho do camarão capturado, que ainda está abaixo dos nove centímetros, são em vão. - A instrução normativa que rege a atividade pesqueira na Lagoa dos Patos tanto proíbe pescadores catarinenses de atuarem aqui, como trata do tamanho ideal do camarão para a captura, não podemos cumprir somente parte dela - comentou.

Antes de apresentar o saldo das últimas operações realizadas na região, a chefe da fiscalização ainda revelou que a curto prazo o posto pelotense do Ibama passará a contar com mais atenção e infra-estrutura. O objetivo dos investimentos é de aproximar o órgão das comunidades pesqueiras do município e arredores e aumentar a fiscalização. Para comprovar a intenção de apertar o cerco contra a pesca predatória no estuário da Lagoa dos Patos, a chefia do Ibama revelou que no último final de semana foram realizadas duas operações em Pelotas. Na primeira, desencadeada na sexta-feira foram apreendidos 300 quilos de camarão miúdo. Na última, realizada no sábado os fiscais apreenderam oito redes de arrasto. As redes foram encontradas em três embarcações de um mesmo proprietário, que trabalhavam nas proximidades da Z-3. Por cada rede apreendida foi aplicada uma multa de R$ 700,00. Ninguém foi preso.

Dentro de alguns dias, uma nova operação com a ajuda de helicópteros da Marinha do Brasil deve ser deflagrada na região. Há uma semana, em uma ação nestes moldes o Ibama descobriu seis acampamentos de pescadores catarinenses na Ilha dos Marinheiros, em Rio Grande. Os catarinenses não possuem licença para capturar camarão na região. Eles foram autuados e tiveram os equipamentos apreendidos. (Diário Popular, 22/02)