A situação dos rios de Santa Maria e Região Central será discutida hoje, às 14h, no plenário da Câmara dos Vereadores. A convocação foi feita pelo comitê de gerenciamento dos rios Vacacaí e Vacacaí-Mirim. Além da seca, a pior dos últimos 10 anos, os rios têm a situação agravada por barragens e por bombas de água colocadas por arrozeiros. A construção de barragens no leito dos rios é proibida, e a colocação de bombas tem de ser liberada pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). - A situação de todas as bacias hidrográficas é problemática. Temos de discutir o problema e as alternativas. É preciso estimular a educação para o uso da água. Quantos anos serão necessários para voltar ao normal? - interroga o secretário-executivo do comitê, Carlos Renan.

A vazão dos rios Vacacaí e Vacacaí-Mirim está no nível mais baixo dos últimos 25 anos, segundo dados da Agência Nacional da Águas (ANA). Perto de Santa Maria, o rio mais prejudicado é o Vacacaí-Mirim. Além de receber esgotos na área urbana, tem seu leito interrompido por barragens e acúmulo de terra e areia devido à falta de mata nativa nas margens.

Neste fim de semana, a Fepam desobstruiu uma barragem feita no Rio Vacacaí, próximo ao Passo das Tunas, em Restinga Seca. Segundo o engenheiro José Antonio Mallmann, que participou da vistoria, o proprietário destruiu a barragem feita de areia. Mallmann disse que vai retornar ao local esta semana. Se houver reincidência, será aplicada multa, e o caso, denunciado ao Ministério Público como crime ambiental. Junto à barragem, havia duas bombas, uma delas sem licença. Desde o ano passado, somente as bombas licenciadas podem ser utilizadas. (Diário de Santa Maria, 22/02)