Lixão de Santa Maria poderá desaparecer até julho
2005-02-23
O lixão da Caturrita, um dos mais antigos e críticos problemas ambientais de Santa Maria, pode ser desativado pela prefeitura até julho. Ao lado de onde hoje os resíduos recolhidos na cidade são depositados - sem nenhum tipo de tratamento -, a prefeitura quer instalar um aterro sanitário. O novo endereço dos detritos seria apenas provisório, pois a área no distrito de Santo Antão já foi considerada imprópria pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). A Fundação exige que a prefeitura construa um aterro dentro das exigências ambientais, em outra área. Sem dinheiro para cumprir a determinação e com a capacidade do lixão chegando ao limite, a prefeitura decidiu atalhar o caminho. O aterro provisório, chamado de célula, seria uma espécie de grande bacia impermeabilizada, onde o lixo seria depositado e coberto por uma camada de argila. Segundo a prefeitura, a argila reduziria a contaminação do solo, um dos grandes problemas do modelo atual. O projeto está sendo concluído pela Secretaria de Proteção Ambiental e ainda precisa ser autorizado pela Fepam para ser colocado em prática. Mesmo assim, as escavações já começaram.
Segundo o secretário de Proteção Ambiental, Heitor Peretti, o projeto da célula deve ser entregue nos próximos dias à Fepam, que precisa dar a licença para a instalação. A intenção da prefeitura é ativar o aterro provisório logo depois da metade do ano. - Vamos apresentar um projeto economicamente viável, ambientalmente sustentável e tecnicamente possível, para que ele possa ser aprovado o mais rapidamente possível - diz o secretário, que ainda não tem um levantamento de quanto custaria o aterro provisório. Peretti afirma que um novo aterro, nos moldes exigidos pela Fepam, só deve ser construído quando a prefeitura colocar as mãos num financiamento de US$ 20 milhões. O dinheiro está sendo negociado com o Banco Mundial (Bird) e não tem prazo para chegar aos cofres do município. (Diário de Santa Maria, 22/02)