Um comitê do Senado norte-americano postergou, na semana passada, a votação de uma lei que impõe sanções à poluição do ar. Expressando a esperança de que duas semanas a mais de negociações possam levar a compromissos com a medida do Clear Skies Act de 2005, o senador James M. Inhofe, secretário do Comitê de Meio Ambiente e Obras Públicas, disse: –Estamos chegando juntos a um esforço genuíni para determinar se há um meio-termo. Isto nos dará tempo.

O painel de senadores reuniu-se para produzir a versão final de uma lei antes que o voto de Inhofe, Republicano de Oklahoma, fizesse o mesmo. Em uma declaração pública, previamente preparada, Inhofe disse que os respresentantes tinham a oportunidade de levar adiante o processo. Ele acrescentou que o debate com todo o Senado seria improvável se o comitê não votasse para encaminhar a lei adiante.

Mas ele nunca leu suas anotações, pois tornou-se aparente que a lei fracassaria, desapontando a Casa Branca, que fez lobbies extensivos para a sua aprovação. Após um adiamento de 30 minutos, enquanto membros do comitê republicano armavam uma estratégia, Inhofe voltou a anunciar que o comitê tentaria se reunir novamente no dia 2 de março para resolver questões que ficaram em aberto, como tetos para emissão de dióxido de carbono e outras referentes à poluição do ar.

A lei pretende estabelecer novos padrões de emissão para os três principais poluentes: dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio e mercúrio. Mas não inclui limites para dióxido de carbono. Para Jeremy Symons, da Federação Mundial para a Vida Selvagem, esta foi a grande vitória do meio ambiente. (NT Times, 16/2)