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2005-02-23
A devastação causada pelo maremoto de dezembro de 2004 na Ásia foi maior do nas zonas que já tinham danos ambientais sérios, onde nem corais, nem vegetação, puderam atuar como barreiras ante as ondas gigantes, segundo informe das Nações Unidas, divulgado em Nairobi, no Quênia.

–Uma das conclusões chave é que os ecossistemas costeiros protegem as pessoas, afirma Pasi Rinne, responsável pelo Grupo de Trabaho do Tsunami do Programa das Nações Unidas para o Medio Ambiente (PNUMA), que elaborou o documento. Segundo o informe, o Sri Lanka oferece uma das melhores provas de como os ecossistemas costeiros intactos, com corais em bom estado, atuam como pára-choque diante de agressões das ondas.

A maior parte dos parques nacionais de Yala e Bundala salvaram-se dos danos porque a vegetação costeira das dunas cessaram por completo os efeitos do tsunami. Já as zonas costeiras mais afetadas foram aquelas onde os corais estavam em muito mau estado, afirma o documento.

Na Somália, onde 650 quilômetros de costa foram afetados pelo maremoto, o informe aponta que o impacto foi maior devido a que a vegetação costeira havia sido retirada para ser usada como lenha ou material de construção.

EO informe realizado pela organização, intitulado Depois do Tsunami, deixa claro que os países mais afetados pelo tsunami têm, aora, muitas lições a aprender para a reconstrução. Alguns países, como Sri Lanka, já aprovaram leis que proíbem a construção a menos de 200 metros da linha da praia, para evitar futuros problemas con as marés. (El Mundo, 22/2)

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