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2005-02-23
As empresas alegaram que as falhas no novo sistema de coleta de lixo em Buenos Aires, inaugurado no domingo (20/2), foram devidas a questões operacionais, mas o governo municipal aplicou sanções a duas concessionárias.

O novo serviço privado de recolhimento de lixo contratado pelo governo da cidade de Buenos Aires começou mal. Muitos bairros amanheceram com resíduos acumulados nas ruas, pois nenhuma das cinco empresas coletoras terminou de limpar, durante a noite, a zona que por contrato tem designada desde domingo último (20/2) até 2009. A situação normalizou-se somente no início da tarde de ontem (22/2).

Tanto o governo portenho como as empresas disseram que o problema foi operacional, inerentes ao acionamento de um novo sistema, que modifica a rotina que se vinha levando adiante. –Muitos motoristas acostumados nos últimos sete anos a um trajeto, hoje precisam fazer outro, justificou o secretário de Meio Ambiente da Capital, Eduardo Epszteyn.

Mesmo que as empresas e o governo tenham negado, o secretário da delegação do Sindicato dos Camionhoneiros aludiu à influência de um conflito entre sindicatos. –Isto ocorreu porque as empresas, que fizeram contratos milionários, querem que um coletor que antes corria 100 quadras em um turno agora faça 150 ou 200. Se as empresas não mudarem sua atitude, isto vai continuar, afirmou o líder sindical Pablo Moyano.

Em dezembro do ano passado, os coletores fizeram um protesto e, no dia 21 daquele mês, chegaram a queimar lixo em frente à sede do governo da Capital. A solução para o conflito deu-se quando os empresários aceitaram indenizar 3,5 mil trabalhadores, que estavam ameaçados de perder direitos trabalhistas por mudança de razão social das empresas. (Clarín, 22/2)

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