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2005-02-21
Diferentemente das autoridades, alguns cientistas norte-americanos alarmados com os efeitos da mudança climática anunciaram neste final de semana um vínculo inequívoco entre os gases de efeito estufa produzidos pelo homem e o dramático aquecimento dos oceanos.

Segundo os pesquisadores – muitos financiados pelo governo – há uma correlação impressionante entre o aumento da temperatura do oceano nos últimos 40 anos e a poluição atmosférica.

O estudo destrói o argumento central dos céticos da administração do presidente George W. Bush segundo os quais a mudança climática seria um fenômeno natural. Para os cientistas, a descoberta poderia pôr no chão as objeções de Bush ao Protocolo de Kyoto.

O debate também mudou de foco. Os cientistas não se perguntam mais se a mudança climática é um problema grave, pois, para eles, isto está claro. Conforme Tim Barnett, físico marítimo da Scripps Institution de Oceanografia de San Diego, a grande questão é: –O que vamos fazer a respeito?

As descobertas são cruciais, pois muito das evidências de um mundo mais quente não estão vindo das temperaturas em si mesmas, mais altas, mas do aquecimento dos oceanos, que dirigem as forças climáticas da Terra. Conforme o Dr Barnett, nos últimos 40 anos, houve um aumento considerável do aquecimento do sistema planetário e cerca de 90% dele dirigiu-se diretamente aos oceanos.

A Associação Norte-americana para o Avanço da Ciência, em Washington, recebeu desses cientistas o sinal que faltava para realmente fazer alguma coisa: – Definimos um marco para o aquecimento do oceano. Cada oceano se aqueceu diferentemente em diferentes profundidades e constitui um marco para o qual se pode olhar. Nós obtivemos várias simulações de computadores, por exemplo, a da variabilidade natural: poderia o sistema climático fazer isto por si mesmo? A resposta é não, disse Barnett. Os pesquisadores também descartaram como causa da mudança climática as mudanças solares e os efeitos vulcânicos.

O pior disto é saber que a América – ou melhor, os Estados Unidos – produz um quarto dos gases de efeito estufa e, mesmo com o atual alerta, o país nega-se a ratificar o protocolo para limitar as emissões. Os conselheiros do presidente Bush argumentam que a chamada ciência do aquecimento global está cheia de incertezas e a mudança do clima pode ser um fenômeno natural. Agora, porém, a ciência mostra o oposto.

O Dr Barnett afirma que a posição dos cientistas é inatacável, pois é claro que o estudo, que ainda está para ser publicado, demonstra que os gases estufa causam várias ondas de calor que são afundadas nos oceanos. O estudo envolveu cientistas do Departamento de Energia do Estados Unidos, do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na Califórnia e da Adminsitração Atmosférica Oceânica Nacional, bem como o Hadley Centre.

Os pesquisadores analisaram mais de 7 milhões de registros da temperatura oceânica ao redor do mundo, dos quais 2 milhões de mares de águas salinas, e compararam os aumentos das temperaturas em diferentes profundidades, fazendo simulações por computador. –Dois modelos, um daqui e outro da Inglaterra, observaram o aquecimento quase exatamente do mesmo modo. De fato, ficamos surpresos com o grau de similaridade, disse o Dr Barnett. – Os modelos estão certos. Assim, quando um político levantar-se para falar sobre incertezas nessas simulações e começar a questionar se podemos acreditar nesses modelos, podemos dizer que eles são sustentáveis, disse o cientista.

A temperatura do oceano aumentou entre 0,5ºC e 1ºC desde 1960, dependendo da extensão e da profundidade em que se analisa. Segundo o Dr Barnett, a chave para o entendimento do problema é ver a questão de quanta energia se acumulou nos oceanos desde então. Ele estima que daria para fazer funcionar o Estado da Califórnia por 200 mil anos.

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