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2005-02-18
A China garantiu que está tomando medidas para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa. Entre estas medidas estaria a criação de um organismo coordenador dos esforços nacionais contra a mudança climática, a participação em negociações internacionais e campanhas de conscientização da população.

O governo chinês vive uma situação delicada com a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto. Segundo maior produtor de gases poluentes no mundo - cerca de 18% das emissões globais -, a China não está obrigada pelo tratado a cumprir metas de redução por ser um país em desenvolvimento. Mas sua pujança econômica faz com que, moralmente, os chineses sejam cobrados.

Pressões

— Agora que a maior parte do mundo adota medidas concretas, a China terá que fazer o mesmo, disse à agência Efe Zhang Jianyu, representante em Pequim do grupo internacional Defesa Meio Ambiental.
A falta de exigências à China, tida como uma potência econômica emergente, é um dos principais argumentos do governo de George W. Bush para rejeitar o Protocolo de Kyoto - apesar de os EUA serem os maiores emissores, com 36,1% do total. As metas de redução podem afetar a atividade industrial norte-americana, enquanto a China pode crescer sem limites, insinua a Casa Branca.

A União Européia já pressiona o governo chinês a tomar iniciativas voluntárias contra o aquecimento global e as mudanças climáticas, segundo Catherine Day, diretora geral da Comissão Européia para o Meio Ambiente.

Benefícios
Os chineses admitem a necessidade de tomar medidas, mas estão especialmente interessados nos benefícios que os países em desenvolvimento terão com o mercado de créditos de carbono. Uma das primeiras medidas referentes ao Protocolo de Kyoto foi criar um comitê para aplicar o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que permite aos países desenvolvidos reduzir sua cota de emissões mediante o financiamento de projetos limpos em países em desenvolvimento.— O protocolo traz à China novas oportunidades para atrair investimento estrangeiro graças ao MDL, disse Wang Zhongying, subdiretor do Centro de Desenvolvimento de Energias Renováveis. (OESP/ 17/2)

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