AEROPORTOS VIRAM ALVO DE BIOTERRORISMO
2001-08-29
Um grupo de advogados está agendando um compromisso para esta quarta-feira (29 de agosto) - será um tour ao Aeroporto Internacional de Miami, na Florida. O objetivo é checar um novo tipo de ameaça ambiental que os pesquisadores estão prevendo: o bioterrorismo. De acordo com a professora de Entomologia Marjorie Hoy, os aeroportos tendem a ser cada vez mais alvos de ataques de vírus e insetos colocados propositalmente por grupos terroristas. -Todos os dias, organismos destrutivos são trazidos e colocados em aeroportos, portos e fronteiras. Esses ataques podem ser intencionais, assinala a professora, que atua no Instituto de Alimentação e Ciências Agrícolas da universidade local. Ela também é integrante do Comitê Nacional de Estudos Biológicos e realiza pesquisas sobre ameaças biológicas a plantas e animais. O comitê foi formado em março deste ano pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Na semana passada, esse comitê realizou o segundo encontro com vistas à prevenção contra ataques bioterroristas. Segundo o Departamento de Agricultura do país, os pontos mais vulneráveis a esses ataques são os portos e aeroportos de Miami, Los Angeles e Nova Iorque, onde entra a maioria dos produtos destinados aos Estados Unidos. De acordo com Hoy, uma quantidade significativa de passageiros desembarca na Florida todos os anos - em 1999, por exemplo, foram cerca de 11 milhões de pessoas provenientes de voos estrangeiros. Nesse mesmo ano, agentes governamentais interditaram a entrada, no país, de 1,8 milhão de plantas e animais de procedência ilegal. Em 1997, uma carga de frutas que veio do Mediterrâneo para Miami causou prejuízos de 32 milhões de dólares porque trouxe consigo o cancro cítrico, uma doença que ataca frutas cítricas. Teme-se ainda o ingresso de outros tipos de pestes, como o vírus da cólera e insetos e parasitas do Caribe.