Porto-alegrenses buscam novas fontes de água
2005-02-18
A proliferação de algas no lago Guaíba, que deixou a água com cheiro e gosto estranhos, provocou uma mudança de comportamento nos porto-alegrenses. Alguns passaram a comprar água mineral, no entanto, há pessoas que optam pelas fontes naturais existentes em vários pontos da Capital. Uma delas está localizada na avenida Edgar Pires de Castro, no bairro Lami, e tem garantido o abastecimento de muitas residências da zona Sul de Porto Alegre. - A água é de boa qualidade e já vem gelada - comenta o vendedor Ivan de Souza Santos, 49 anos, morador do bairro Ipanema. Semanalmente, ele consome 25 litros da água retirada da fonte. As filas vão se formando sem qualquer reclamação. Todos demonstram disposição de esperar o tempo que for necessário para encher garrafas plásticas. O auxiliar administrativo Rogério Rodrigues da Silva, busca água diariamente para garantir o consumo dos funcionários da empresa onde trabalha, no bairro Cavalhada. - A água não tem cheiro nem gosto desagradáveis - salienta. O acesso à fonte ocorre de acordo com a chegada. Normalmente, quem tem mais recipientes e garrafões para encher cede o lugar para os que dispõem de apenas uma ou duas garrafas. - Não há motivos para estresse, pois a água corre noite e dia - brinca o aposentado Lidovino Maciel Junqueira, proprietário de um sítio em Belém Novo.
A decretação de estado de emergência no Rio Grande do Sul, devido à gravidade da seca que atinge todas as regiões, foi sugerida ao governador Germano Rigotto pelo presidente da Comissão de Economia e Desenvolvimento da Assembléia Legislativa, deputado Adroaldo Loureiro. No próximo dia 23, haverá reunião extraordinária, conjunta com a Comissão de Agricultura, para debater a pior estiagem no RS nos últimos dez anos. (CP, 11)