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2005-02-18
Já são 37 os municípios catarinenses em situação emergência por causa da estiagem. As regiões mais atingidas são o Oeste e o Extremo-oeste do Estado. São Miguel do Oeste será a oitava cidade a decretar estado de emergência no Extremo-oeste por causa do problema. O comando do pelotão de Polícia Ambiental de São Miguel do Oeste alertou que os problemas com o fornecimento de água estão relacionados com o desmatamento desenfreado das florestas. Segundo o comandante-tenente Frederick Rambusch, o processo de infiltração de água no solo que abastece os lençóis freáticos só ocorre com o auxílio da vegetação.

Outro fator que acelera a falta de água potável e que neste período do ano tem um aumento significativo, de acordo com o comandante, é a despesca de açudes em virtude dos dias santos. — Muitos piscicultores secam os açudes para comércio de peixes, lançando os efluentes sem qualquer tratamento diretamente para o leito dos cursos dágua, impossibilitando sua depuração. Por conseguinte, fica inviabilizado o tratamento da água para o consumo humano, fazendo com que o abastecimento público cesse — enfatiza. Em Videira, o nível do Rio do Peixe, que corta a cidade e é responsável pelo abastecimento dos domicílios, está quase dois metros abaixo do seu leito normal. A Casan está pedindo aos consumidores que não desperdicem água. O gerente comercial da estatal, José Alcides Branco, disse que o abastecimento não está comprometido, mas se não chover em boa quantidade nos próximos dias, a situação poderá se complicar. Além do Rio do Peixe, o Rio das Pedras também está com seu nível baixo. No Sul do Estado, a chuva dos últimos dias não foi suficiente para tranqüilizar os produtores rurais da região que sofrem com os prejuízos causados pela estiagem. O caso mais grave é o do município de Içara. A falta de chuva secou açudes e até pequenos córregos, e muitos animais estão morrendo de sede. Desde o início do mês, máquinas da Prefeitura percorrem as pequenas propriedades para abrir novos açudes e tentar evitar que o problema se agrave. — Já atendemos quase 300 famílias. Estamos adotando essa medida para tentar amenizar o problema — explica o secretário municipal de Agricultura, João Batista Rodrigues.

A seca também afetou a produção de milho e arroz. Em algumas propriedades, o prejuízo chega a 90%. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Içara, Jair de Stefano estima que a chuva fraca dos últimos dias serviu apenas para garantir que os produtores conseguissem fazer o plantio da safrinha de feijão. Ele lembra que agora a preocupação é com o futuro desta cultura. — A chuva molha a terra o suficiente para permitir que as plantas nasçam. Agora, se não continuar chovendo, a plantação não vai se desenvolver — relata.

A estiagem também deixa prejuízos nas lavouras de milho de Urussanga. De acordo com os dados da Epagri, as plantações cultivadas de forma tardia foram completamente perdidas. Em Criciúma, o alerta é com a bananicultura. A falta de chuva está atrasando o crescimento das plantas em 50%, o que deve diminuir a produção de frutas. Situação semelhante também é vivida nas plantações de mandioca do Sul do Estado. De acordo com os técnicos, é neste período que ocorre a formação das raízes, e a falta de chuva já compromete boa parte da plantação.

Segundo o agrônomo da Climaterra Assessoria e Planejamento em Meteorologia e Agronomia, Ronaldo Coutinho do Prado, com base nos modelos meteorológicos analisados ontem, não existem perspectivas em curto prazo de chuvas que venham a minimizar os problemas de estiagem que ocorrem pelo Estado. — Os modelos indicam chuva para o final deste mês, mas nada muito significativo e chuva com um pouco mais de intensidade somente após a primeira semana de março — explica Coutinho. (A Notícias, 18/02)

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