No dia da entrada em vigor do Protocolo de Kyoto (16/2), o primeiro-ministro australiano, John Howard, reforçou sua postura contrária ao acordo sobre a mudança climática, dizendo que nenhum acordo internacional poderá frear os gases de efeito estufa, que causam o aquecimento global, até que a China e outros países sejam parte dele.

–Até que os maiores contaminadores do mundo, incluindo os Estados Unidos e a China, não formem parte do regime de Kyoto, assinar o tratado é quase inútil e prejudicial para um país como a Austrália, disse Howard, diante do Parlamento.

A Austrália, que depende do carbono para quase toda a geração de eletricidade do país, é o maior contaminante do mundo em termos per capita. Junto com os Estados Unidos, é responsável por 36% das emissões e boicotou o Protocolo de Kyoto, que estabelece quotas aos países ricos para reduzirem suas emissões de gases de efeito estufa.

Em grandes cidades australianas, porém, foram realizadas manifestações pedindo a Howard que volte a considerar a mudança climática e se una a outros 33 países ricos que aceitaram o acordo de Kyoto. (Clarín, 16/2)