Ativistas da Greenpeace, que não são pessoas sem prática em peripécias no ar ou em enfrentar perigo, foram forçados a a um recuo tático, na última quarta-feira (16/2), depois de sentirem a ira dos negociadores de petróleo.

No dia em que o Protocolo de Kyoto entrou em vigor, 35 eco-guerreiros atacaram o International Petroleum Exchange (IPE) na cidade de Londres. Munidos de buzinas, alarmes e apitos, eles tentaram parar as operações de negócios criando um barulho perturbador, que impossibilitou os negociadores de continuarem operando. Mas os ativistas, que estavam usando protetores auriculares para fugir de seu próprio barulho, parecem ter subestimando a hostilidade de suas pretendidas vítimas.

Eles acabaram cercados pelos negociadores – cerca de uma dúzia deles – que simplesmente atiraram uma estante de metal sobre os eco-guerreiros: –Estávamos agindo de modo não violento e pacífico e deixamos claro por que estávamos lá, quando fomos golpeados, disse Steven Tindale, um dos ativistas da campanha contra combustíveis fósseis. De acordo com o ecologista, se os negociadores não estavam interessados na mensagem da Greenpeace, que deixassem os ativistas ir, pois todos estão treinados para agir de forma não-agressiva.

Pelo menos uma pessoa ficou ferida e foi levada ao hospital de paramédicos. A polícia prendeu duas dúzias de ativistas em razão de xingamentos que eles trocaram com os policiais, segundo um agente da Scotland Yard. (The Independent, 16/2)