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2005-02-18
Quando começou a trabalhar na BASF, na Alemanha. Em 1969, Jürgen F. Strube passou a fazer parte de uma companhia que coloca o meio ambiente como prioridade. Já naquela época, a BASF fazia planos para ter sua própria planta de tratamento de efluentes em sua fábrica, um complexo que se estende sobre cerca de cinco milhas às marges do Rio Reno.

A planta ajudou a purificar o ar, controlando-o através de unidades estacionárias. Na região vizinha à fábrica, um vinhedo produz o famoso vinho Riesling – que a BASF, a maior fabricante química, compra para estocar.

No entanto, agora, até mesmo gigantes como a BASF estão impacientes com relação ao que fazer para cumprir as metas de redução das emissões de gases estufa. Atualmente executivo da companhia, Strube está agora frente ao desafio de adotar medidas que empresas de outros 34 países como a Alemanha terão que adotar para cumprir o Protocolo de Kyoto.

Para Strube, um dos pontos mais críticos do protocolo é que as companhias norte-americanas e chinesas não vão gastar um tostão extra para controlar emissões, pois seus países de origem não são signatários do acordo. Mas, o pior de tudo, diz ele, é que as metas últimas de controle das emissões de gases estufa não serão percebidas, pois o dióxido de carbono, diferentemente da poluição dos rios, é um problema global, e não local.

–Já fizemos muito no passado e sentimos que os outros não podem simplesmente pegar uma carona, salientou Strube. –Poderemos chegar a uma situação em que o líder será um corredor solitário indo em direção ao pôr do sol, enquanto todos os demais dão as costas e dizem OK, vamos esperar e ver quando virá o retorno.

Segundo o executivo alemão, a pressão deverá ser feita em relação aos Estados Unidos, que geram um quinto das emissões de gases de efeito estufa, mas estão fora do sistema de Kyoto, ou de nações com rápido crescimento econômico, como a China e a Índia, que aprovaram o acordo, mas não são obrigadas a reduzirem emissões e que, juntas, respondem por 14% das emissões globais.

–A mensagem básica é que precisamos trazer outros países à sua responsabilidade, afirma Strube, que lidera um outro grupo de negócios, o Sindicato e a Confederação das Empresas Industriais da Europa. (NY Times, 16/2)

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