Gaúchos otimistas com Protocolo de Kyoto
2005-02-16
Apesar de o protocolo de Kyoto entrar em vigor hoje sem a participação do maior poluidor do mundo, os norte-americanos, especialistas gaúchos estão otimistas quanto ao seu impacto. O incentivo a novas tecnologias e investimentos estrangeiros no Brasil estão sendo esperados.
— Com a força principalmente da Rússia e dos países europeus, vai haver mais investimento em ciência na busca dessas tecnologias mais limpas e deixará os EUA como vilões, avalia o professor de Climatologia da UFRGS, Francisco Eliseu Aquino. O especialista acredita que a redução de 5% na liberação de gases poluentes até 2012 em relação aos níveis de 1990 é uma meta possível..Para o advogado e professor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Delton Winter de Carvalho, o protocolo vai favorecer o Brasil e o Rio Grande do Sul pelo chamado mercado de carbono.
Em princípio, uma instituição estrangeira poderia pagar para uma empresa gaúcha plantar árvores, o que retira carbono da atmosfera, por exemplo. Assim, teria direito a um limite maior de poluição em seu país. — Teremos de estabelecer parâmetros do que se pode vender e definir como essa indústria, complicada do ponto de vista jurídico, será estruturada, diz Carvalho. Para ele, o grande problema desse tipo de negócio é que ainda não há uma legislação específica. (ZH/35)