O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Homero Pereira, estima que já na próxima safra 05/06, a área plantada de soja geneticamente modificada (OGM), alcance cerca de 300 mil a 400 mil hectares (ha). – É um crescimento natural que se concretizará com bons resultados. E a tendência é aumentar mais, a medida que as variedades adaptadas ao Cerrado forem sendo postas no mercado, argumenta.

Pereira chama atenção para os benefícios para o meio ambiente. – Os resultados das pesquisas que a Fundação MT e a Codetec/Fundação Centro-Oeste, por exemplo, estão para ofertar em escala comercial - aguardando apenas a legislação - vão reduzir bastante o manejo com agroquímicos.

De acordo com o presidente da Famato, a maior parte das lavouras transgênicas está na região de Primavera do Leste. A justificativa é que na localidade existe infra-estrutura para produção em pivot (irrigada) o que permite um melhor desempenho da cultivar não adaptada ao Cerrado.

Segundo o material enviado pela assessoria da Delegacia Federal de Agricultura (DFA), a produção da soja transgênica nesta safra está concentrada nos municípios de Alto Araguaia, Alto Garças, Alto Taquari, Campo Novo do Parecis, Campo Verde, Dom Aquino, Itiquira, Jaciara, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Novo São Joaquim, Pedra Preta, Poxoréo, Primavera do Leste, Querência, Rondonópolis, Santo Antônio do Leste, Sinop, Sorriso, Tapurah, Tesouro e Vera.

O chefe de Desenvolvimento Rural da DFA, Luiz Henrique Gonçalves Pires, frisa que diante dos termos de compromisso que a Delegacia tem em mãos, recebidos no último dia 11, o maior volume de lavoura está em Pedra Preta, 6 mil ha, seguido de Alto Taquari e Alto Araguaia, cada município com 4,5 mil ha. – Reitero, números que temos em mãos. É possível que ainda estejam em trânsito, termos assinados até o dia 31 (data limite) e que estão a caminho da DFA, vindos das agências bancárias e dos sindicatos rurais, podem chegar ainda nesta semana, completa. (Diário de Cuiabá 15/2)