Ausência dos Estados Unidos não inviabiliza o Protocolo de Kyoto
2005-02-16
O Protocolo de Kioto entra em vigor com uma série de eventos que marcarão em vários países o esforço mundial para redução do aquecimento global. No Rio de Janeiro, será realizado (16/2) um painel com a participação de especialistas em meio ambiente, na Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do estado, no bairro da Glória. Entre outros tema será debatida a criação do mercado brasileiro de créditos de carbono.
A informação é do presidente do Instituto Brasil do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Haroldo Mattos de Lemos. Ele espera que o acordo ajude a reduzir os efeitos das mudanças climáticas que já são sentidas no mundo. Entre os casos registrados em função do aumento da temperatura global Lemos citou o degelo na Antártica, no Ártico e na Groenlândia, a elevação do nível do mar e as tempestades tropicais.
O presidente do Instituto Brasil descartou a tese de que a recusa dos Estados Unidos em assinar o protocolo possa minar de alguma forma os esforços que são empreendidos. O protocolo foi ratificado até agora por 136 países, de acordo com informação do Centro de Informações das Nações Unidas para o Brasil no Rio de Janeiro, e determina que 36 países industrializados reduzam em 5,2% as emissões de gases causadores do efeito estufa entre 2008 e 2012, tomando por base as emissões registradas em 1990.
Ainda com relação aos Estados Unidos, Lemos disse que existem estados americanos que têm leis até mais rigorosas do que o próprio Protocolo de Kyoto e várias companhias norte-americanas estão prontas para participar do mercado de carbono. Na sua opinião, a decisão do governo Geoge W. Bush em não participar do acordo é mais de cunho político. (Agência Brasil, 15/2)