Victer diz que o Rio sente-se satisfeito com projeto de refinaria petroquímica
2005-02-15
O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio, Wagner Victer, afirmou nesta segunda-feira que não vê problemas na escolha de Pernambuco para sediar a nova refinaria de derivados da Petrobras, conforme anunciado pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, em Caracas. Ele diz que o estado do Rio já está satisfeito e sente-se contemplado com o anúncio da construção de uma refinaria petroquímica, orçada em US$ 3,5 bilhões, feito pelo presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra meses atrás.
Em 2004, o Rio chegou a lançar a campanha A Refinaria é Nossa para defender a construção de uma refinaria de derivados no estado. Ao longo do ano, travou inúmeras disputas com a Petrobras, algumas vezes condicionando a autorização de projetos da estatal a investimentos que agregassem valor ao petróleo bruto da Bacia de Campos.
Em um dos episódios mais tensos, o governo chegou a impedir a construção de um plano diretor que consistia na construção de um oleoduto ligando a Bacia de Campos a estações de refino em São Paulo e Minas Gerais, sobretaxando o transporte do óleo e a compra de dutos e equipamentos.
- O Rio, neste primeiro momento, sente-se comtemplado com a refinaria petroquímica que vai processar o óleo pesado da Bacia de Campos. O estado acha que não poderia ter tanto a refinaria de petroquímica quanto a de derivados. Além disso, sempre defendemos a tese de que o Nordeste precisa de uma refinaria, afirmou.
Segundo o secretário, o processamento na refinaria petroquímica poderá agregar US$ 10 ao preço do petróleo pesado da região. O projeto deverá ser feito em parceria com empresas privadas. Os sócios mais cotados para a estatal até agora são o grupo Ultra e a Suzano. A unidade terá capacidade para processar cerca de 150 mil barris diários de petróleo pesado, mas ainda não está definido em que cidade ele será construído.
- Temos um grupo de trabalho em andamento para a definição da melhor microlocalização dentro do estado do Rio. São basicamente duas localidades que disputam a refinaria petroquímica: Sepetiba e o Norte Fluminense, contou Victer.