Estiagem provoca prejuízo no campo
2005-02-15
Vinte e dois municípios catarinenses, principalmente do grande Oeste, estão em situação de emergência por causa da falta de chuva. Em Cordilheira Alta, o decreto passou a valer ontem. Chapecó, a maior cidade da região, deve decretar emergência ainda hoje. Os dois municípios têm problemas com o abastecimento de água e amargam perdas gigantescas principalmente na produção de grãos e leite.
Apesar da falta de chuva para abastecer o Lajeado São José principal fonte de captação de água do município os moradores de Chapecó ainda não estão sofrendo os impactos de um racionamento de água. Mas a Casan já realiza as chamadas manobras de registro para garantir o abastecimento principalmente nos pontos mais altos. Os prejuízos na agricultura estão concentrados na região do Marechal Bormann, onde as perdas nas plantações de milho superam os 30%.
Em Nova Erechim, o decreto de emergência vigora desde o dia 9 de fevereiro. Os moradores da zona urbana já enfrentam um racionamento de água. Na área rural, a falta de água afeta a produção de aves e suínos. O secretario municipal de Administração e Fazenda, Mauro Ribeiro dos Santos, conta que 10 criatórios já foram fechados para evitar a mortandade de animais.
A escassez de chuva provocou prejuízos irreparáveis nas principais lavouras do município. As plantações de milho, soja e feijão estão com perdas estimadas em 60%. Sem chuvas torrenciais há mais de 60 dias, as pastagens secaram. Por falta de alimentação adequada, o gado reduziu a produção de leite em até 40%. — É a pior seca dos últimos cinco anos — diz o secretário. Os primeiros dados estaduais sobre os prejuízos provocados pela seca no Oeste devem ser divulgados pelo Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Icepa) no início de março. (A Notícia, 15/02)