Fepam considera o Soturno como o pior rio da região da Quarta Colônia
2005-02-15
Para o escritório de Santa Maria da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), o Rio Soturno, que corta a região da Quarta Colônia, é um dos que está em pior estado de conservação. Segundo o engenheiro José Antônio Mallmann, que trabalha na fundação, o rio tinha originalmente a largura entre 15 e 20 metros. Hoje, devido à erosão das barrancas e ao assoreamento do leito, alcança a largura 70 a 80 metros. Contribuem as lavouras que chegam até a margem e o desmatamento na beira do rio. - O quadro é muito preocupante. Para destruir é fácil, mas para reconstruir leva anos - fala Mallmann.
O caso não é isolado. Os rios Vacacaí, Vacacaí-Mirim, Ibicuí-Mirim e Arroio do Meio estão entre os que recebem seguidas denúncias de barragens e bombas irregulares. Para verificar, a Fepam conta com 2 técnicos. Já a Patrulha Ambiental da Brigada Militar tem, nesta época do ano, 10 pessoas para atender às ocorrências. Segundo o Comandante da 2ª Companhia de Polícia Ambiental, major Ademar Grasel, o número de denúncias deve até crescer no verão, ainda mais se continuar a seca. Grasel recorda que, ano passado, foram feitas reuniões com os produtores de arroz da Quarta Colônia, junto com o Ministério Público, para falar da questão da água. (Diário de Santa Maria, 14/02)