Estudo de ursos mostra medo da mudança climática
2005-02-14
Especialistas da Universidade de St Andrews, na Escócia, temem que o urso polar esteja ressentido com as mudanças que levam ao aquecimento global. Eles realizaram a maior contagem desses animais no Ártico europeu. Segundo o estudo, há três mil ursos vivendo na região do Mar de Barents, em contraste com o que se acreditava – cinco mil.
Um porta-voz dos pesquisadores afirma que o risco de aquecimento global está deixando os ursos em uma posição de vulnerabilidade. A pesquisa foi realizada ao longo de suas semanas e envolveu dois helicópteros, além de satélites para rastrear os animais. Além dos cientistas da Universidade de St Andrews, participaram especialistas da Universidade de Oslo e do Instituto Norueguês Polar (NPI).
A Noruega tem obrigação de monitorar a população dos ursos polares desde 1973, de acordo com o Tratado do Urso Polar de 1973. Este projeto é financiado pelo Ministério Norueguês do Meio Ambiente. Segundo o pesquisador Tiago Marques, que lidera o projeto, a questão final será se, daqui a cem anos, as pessoas ainda poderão admirar estes animais.
A região do Barents abriga 12% da população de ursos polares. Mas, com o aquecimento global, as fêmeas prenhes estão em situação mais vulnerável, sendo afetadas também pelos poluentes orgânicos persistentes.(BBC, 13/2)