Quando os ursos acordam mais cedo da hibernação, quando a Austrália sofre a maior seca de sua história nos últimos cem anos, e quando os furacões se multiplicam na Flórida, devemos acreditar que é o fim?

Este é o cerne dos debates a respeito do impacto humano sobre o aquecimento global que contrapõe cientistas a respeito de se tais anomalidades são sinais de impedimento contra os que dizem que são apenas evidências de que o clima da Terra tem sido sempre caótico.

Entre tais sinais de alerta, por exemplo, a Argélia teve sua pior nevasca dos últimos 50 anos no mês passado. Neste mês, 141 países vão tentar seus melhores esforços para travar um aumento continuado e previsto nas temperaturas globais, trazendo a efeito o Protocolo de Kyoto. O tratado visa a controlar as emissões de gases desde automóveis até a indústria, responsabilizada pelo aumento do aquecimento do planeta.

Lidar com o aquecimento global não será fácil. Ignorá-lo, será pior, dizem as Nações Unidas. A questão é como a humanidade deverá lidar com o aquecimento global, já que os riscos oferecidos pelo mesmo não são completamente entendidos, a despeito do amplo consenso entre cientistas de que as pessoas estão aquecendo o planeta com dióxido de carbono. (The Independent, 8/2)