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2005-02-04
As florestas de araucária, árvore-símbolo do Paraná, estão prestes a desaparecer do mapa do Estado. Pelas previsões do Ibama, o bioma poderá ser extinto em apenas dois anos, caso o ritmo de desmatamento não seja imediatamente revertido. Dos mais de 8 milhões de hectares de cobertura florestal original do Estado, restam apenas 66 mil hectares (0,8%), segundo dados de 2001. E de lá para cá, acredita-se que a situação tenha se deteriorado ainda mais. - Podemos dizer que a lâmpada vermelha foi acionada, diz o superintendente do Ibama no Paraná, Marino Elígio Gonçalves.
Nas últimas décadas, o bioma foi progressivamente ocupado pela agricultura e pelo plantio de espécies exóticas usadas na indústria de celulose e papel. - Até brincamos que a araucária na bandeira do Estado deveria ser substituída por uma folha de soja ou pinus, diz o engenheiro agrônomo Paulo Roberto Castella, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente.
A araucária ocorre também nos outros Estados do Sul e no Sudeste, mas está (ou estava) concentrada no Paraná. Os dados de 2001 sobre área remanescente foram levantados pelo Programa para Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade (Probio), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), com participação da Universidade Federal do Paraná. O 0,8% restante corresponde apenas às áreas de floresta em estágio de desenvolvimento avançado - ou seja, com toda sua biodiversidade original preservada. Exclui as áreas alteradas, em estágio inicial ou intermediário, onde o bioma já foi descaracterizado.
- Se esses remanescentes desaparecerem, não haverá nem como restaurar as áreas degradadas, diz o diretor-executivo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), Clóvis Borges. Apesar de não haver dados mais recentes, ele acha que pelo menos 50% das áreas remanescentes em 2001 já tenham sido desmatadas. - Hoje temos menos de 0,5%, seguramente.
A araucária é considerada ameaçada de extinção e conta com proteção legal há pelo menos quatro anos, mas só recentemente o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) publicou portaria suspendendo temporariamente as licenças para sua exploração - medida que está sendo contestada na Justiça pelas empresas do setor.
Até setembro, o IAP continuava a emitir autorizações para corte e aproveitamento da araucária, inclusive em áreas de remanescentes florestais. A contradição nasce de diferentes interpretações do Decreto 750 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que proíbe o corte de mata atlântica e seus ecossistemas. Alguns entendem que as florestas de araucária estão contempladas nessa lei; outros, não. - O IAP tinha uma interpretação equivocada e isso já foi desfeito, garante o secretário de Meio Ambiente do Paraná, Luiz Eduardo Cheida. - Nosso entendimento é de que a araucária só pode ser explorada se for plantada. Quando nativa, em hipótese alguma.
Informado do prognóstico do Ibama sobre o risco de extinção do bioma nos próximos dois anos, Cheida mostrou surpresa. - É uma declaração leviana. Ele atesta que a situação é preocupante, mas aponta para uma reversão do quadro de desmatamento. - Há um trabalho muito sério e muito grande no sentido de reverter essa tendência, tanto em termos de proteção quanto de recuperação. (Celulose Online 2/2)

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