Estudo considera Mata Atlântica pronto-socorro da biodiversidade
2005-02-04
A pressão do desmatamento sobre o mais ameaçado dos ecossistemas brasileiros ficou menos severa, e a iniciativa privada está se envolvendo de maneira inesperada na sua preservação.
São boas notícias surpreendentes sobre a Mata Atlântica, que acompanham a segunda edição de um estudo internacional sobre as áreas com mais diversidade biológica e mais devastadas do planeta.
O livro Hotspots Revisitados, produzido pela organização não-governamental CI (Conservação Internacional) e lançado hoje nos Estados Unidos, também apresenta nove outras regiões que são prioridade absoluta para proteção ambiental - ou pronto-socorros da biodiversidade, como diz Russell Mittermeier, presidente do órgão.
Com a atualização, agora são 34 hotspots, como essas áreas são chamadas. Duas delas ficam no Brasil: além da Mata Atlântica, o Cerrado.
Aliás, a situação do segundo mostra que por aqui ainda não há motivos para comemorar. –Há o risco de alcançarmos rapidamente a situação atual da Mata Atlântica apenas 7% da cobertura vegetal original] no cerrado, disse à Folha o biólogo Ricardo Bonfim Machado, 42, diretor da CI para o cerrado.
Ao mesmo tempo, há regiões da mata atlântica que continuam sofrendo pressões destrutivas sérias, como as florestas de araucária da região Sul e os fragmentos que ainda resistem ao norte do rio São Francisco. (FSP, 2/2)