Despoluição da lagoa do Marcelino, em Osório, carece de verba
2005-02-03
A falta de recursos financeiros é o principal obstáculo para a efetivação do projeto de despoluição da lagoa do Marcelino, em Osório. Orçado em R$ 10 milhões, o projeto tem como objetivo inicial acabar com o despejo de esgoto cloacal sem tratamento nas águas da lagoa. O prefeito de Osório, Romildo Bonzan Júnior, informou que a lagoa do Marcelino faz parte do cordão lacunar do Litoral Norte e é ligada diretamente à lagoa do Peixoto, utilizada para abastecimento de água no município de 40 mil habitantes. Conforme a Corsan, ainda não há contaminação no local de captação de água, mas essa possibilidade não está descartada futuramente.
O secretário estadual do Meio Ambiente, Mauro Sparta, destacou que há interesse em implementar o projeto, porém a difícil situação financeira do Estado dificulta o processo. - As parcerias público-privadas são um excelente instrumento para resolver essas e outras questões - apontou. Ele destacou ainda que esse é um problema não apenas do Litoral Norte, mas também de outras áreas do RS e deve ser enfrentado pela administração pública.
Após a recuperação da lagoa, a intenção da prefeitura é transformar o local em atrativo turístico, desenvolvendo projetos de reparação de áreas degradadas e ainda recuperação urbanística e estética do entorno do local. Historicamente, as lagoas serviam de via de transporte para a produção agrícola, que depois era enviada para outras regiões do RS por via férrea a partir de Osório. Já os balneários de água doce podem se tornar alternativa para os veranistas das praias gaúchas. (CP, 02/02)