São seis os casos de ferrugem asiática
2005-02-03
Os primeiros focos de ferrugem asiática em lavouras comerciais do Rio Grande do Sul nesta safra de soja foram identificados a partir da semana passada, no norte do Estado. Na terça-feira, a Universidade de Passo Fundo (UPF) confirmou a sexta ocorrência, em Erechim. Até então, nesta safra, a enfermidade só havia se manifestado em lavouras experimentais e na soja gaúcha, que sobrou do cultivo anterior. A doença que pode afetar o rendimento da lavoura é causada por um fungo e se espalha com o vento. A UPF também detectou a enfermidade em Frederico Westphalen e Caiçara, na semana passada. Na semana passada, a Embrapa Soja, de Passo Fundo, encontrou a ferrugem em lavoura de Pontão. O fungo foi identificado também pela Cooperativa Tritícola Mista Alto Jacuí (Cotrijal) em Não-Me-Toque e em Almirante Tamandaré do Sul.
Nas safras anteriores, a doença havia se manifestado a partir de fevereiro. Neste ano, a ocorrência se deu mais cedo, apesar de a estiagem não provocar uma situação favorável à enfermidade. No Estado, é o quarto ano em que o problema se manifesta. A identificação do fungo a tempo em Pontão deverá anular os prejuízos na produtividade. A ferrugem asiática surge com a chuva. Apesar de a observação da doença a olho nu ser difícil, o monitoramento na lavoura a partir da floração ajuda a anular os prejuízos. São sintomas as pequenas lesões escuras de até um milímetro de comprimento na face inferior das folhas, da metade do caule para baixo. - Se os sintomas são identificados no início, não há perdas. Recomendamos que haja um monitoramento da lavoura a partir da florescimento - diz a pesquisadora da Embrapa, Leila Costamilan.
Foi o que fez o agrônomo Wianey Mezzono, que desconfiou das folhas da planta da propriedade de Pontão e levou-as para análise em laboratório. Mezzono acredita que a área contaminada alcance 30 hectares dos 525 hectares que pertencem ao agricultor Antônio Ribas Corrêa. Fungicidas estão sendo aplicados para controlar a doença. (ZH, 25)