O fungo P.pachyrhizi, que na safra passada causou perdas de US$ 2,3 bilhões aos agricultores, encontrou nas lavouras orgânicas terreno fértil para se espalhar. – Já é difícil controlar a ferrugem com agrotóxicos, imagine sem eles, diz José Tadashi Yorinori, pesquisador da Embrapa. Impedidos por contrato de usar agroquímicos, os sojicultores recorrem a artifícios de eficácia não comprovada, como a velha calda de bordolesa, banhos de cobre ou uma misteriosa substância conhecida como óleo de nem, que é uma planta da família do cinamon.

A ferrugem não foi um problema perceptível na safra passada em razão da seca que atingiu os estados do Sul, como Paraná e Rio Grande do Sul. Com a falta de umidade, o fungo não encontrou ambiente propício para se multiplicar. A perspectiva para este ano é diferente. A ocorrência de chuvas no Sul e o surgimento de diversos focos, sobretudo no Paraná, está levando empresas a revisar seus contratos de exportação. (GM, B-12)